A cúpula do clima em Glasgow escolheu as construções mais sustentáveis do mundo. Para isso, levou em conta as soluções aplicadas aos edifícios que podem ajudar o planeta a combater as mudanças climáticas, o tema central da COP26, que começou no último dia 31.
Os edifícios residenciais ou comerciais respondem por quase 40% das emissões globais de gases estufa, segundo o Fórum Econômico Mundial. Além disso, são responsáveis pelo consumo de 50% de toda energia usada no planeta, e consomem 40% do total de matéria-prima retirada da natureza para uso humano.
As 17 construções mais sustentáveis foram escolhidas depois de uma chamada de vídeo durante a COP26, com a apresentação dos prédios em uma exposição amparada pela tecnologia de realidade virtual.
Entre as construções escolhidas estão as casas de barro em Massa Lombarda, na Itália, feitas via impressoras 3D, inteiramente de argila crua colhida na própria região. O solo é escavado e modelado para virar residências, que, quando são inutilizadas, voltam ao solo, reduzindo a produção de entulho.
Em Bali, uma escola privada foi construída toda em bambu para receber, inicialmente, 90 estudantes. Hoje, as instalações cresceram para abrigar os atuais 400 alunos, mas mantêm a proposta original. A escola conta com uma ponte de bambu de 22 metros, que serve para cruzar o rio Ayung. Segundo o site da escola, a ideia é construir um cenário não só bonito, mas que ofereça uma “transição entre o reino da ideia para a realidade”, pensando em uma educação voltada para a sustentabilidade.
O Brasil também tem seu representante. A Ecovila Urbana, em São Paulo, foi instalada em uma comunidade no Jardim Nakamura. A construção vertical gera energia renovável, produz alimentos orgânicos em jardins verticais e tem sistemas de captação de água da chuva. O Instituto Favela da Paz, responsável pela construção, também instalou o primeiro micro gerador de energia solar dentro da favela, que fornece água quente para quem não tinha como pagar o chuveiro elétrico ou a gás.