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Ainda em ritmo lento, solo em área de mina em Maceió afunda 1,69 m em cinco dias, diz Defesa Civil

Por Redação

Em 3 de dezembro de 2023

Imagem aérea mostra que solo na região da mina que está afundando em Maceió está cada vez mais molhado pela água da lagoa, que avança à medida que a terra cede — Foto: Reprodução/TV Gazeta

O solo onde está localizada a mina da Braskem que pode colapsar a qualquer momento e abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã continua cedendo em ritmo lento. A Defesa Civil de Maceió informou que chegou a 1,69 m o afundamento na área do dia 28 de novembro, quando começou o monitoramento devido ao risco de colapso, até este domingo (3).

A instabilidade no solo foi agravada por décadas de mineração feita pela Braskem e provocou a evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas. Somente um ano após o primeiro tremor de terra que abriu rachaduras em ruas e imóveis, em 2018, a empresa encerrou a extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.

A região tem outras 34 minas de responsabilidade da Braskem. Na área da mina 18, que pode colapsar, o solo cede 0,7 cm/h. Nas últimas 24 horas, desde a manhã de sábado (2) até a manhã deste domingo, o deslocamento de terra foi de 10, 8 cm.

Imagens aéreas feitas pela Defesa Civil de Alagoas para monitorar a mina, localizada no bairro do Mutange, região do antigo campo do CSA, mostram que a área seca está sendo cada vez mais ocupada pela água da Lagoa Mundaú. O órgão permanece em alerta máximo e diz que o colapso pode acontecer “a qualquer momento”.

60% da mina se encontra sob a lagoa Mundaú e 40% está no continente. A Defesa Civil explica que monitora a região ao menos duas vezes por dia para acompanhar a evolução do afundamento do solo.

Além das imagens, a área é monitorada por equipamentos. Segundo o coronel Moisés, somente no sábado, 250 tremores de baixa magnitude foram registrados no local. Não há relatos de que os microssismos tenham sido sentidos pela população.

A área no entorno do Mutange já foi completamente evacuada, assim como na maior parte dos bairros vizinhos, Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro. Segundo a Defesa Civil de Alagoas, o colapso da mina não representa mais risco para a população porque as regiões ocupadas estão a uma distância segura.

De acordo com a Braskem, a acomodação do solo da mina pode ocorrer de forma gradual até a estabilização ou de forma abrupta.

A mineradora afirma que vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025.

Fonte: G1/ML

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Crédito: Coxim Agora.