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5G: saiba o que muda com a chegada do sinal em Brasília nesta quarta-feira

Por Redação

Em 5 de julho de 2022

A quinta geração de internet móvel — o 5G — será ativada nesta quarta-feira (6) no Brasil. Brasília será a primeira cidade do país a contar com a tecnologia. De acordo com Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as próximas capitais a receberem o sinal são: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. No entanto, ainda não há data definida.

Segundo a Anatel, o serviço estará disponível em 80% da capital, principalmente no Plano Piloto. A tecnologia vai funcionar apenas em celulares mais recentes, de empresas como Apple, Samsung, Xiaomi, Motorola, entre outras. Ao todo, 67 celulares que suportam o 5G foram homologados pela agência.

 

Inicialmente, a expectativa é que o serviço seja garantido nos atuais planos das operadoras, sem cobrança extra. As empresas autorizadas a utilizar a frequência 5G são Claro, TIM e Vivo.

A previsão inicial era que todas as capitais deveriam ter o 5G funcionando até 31 de julho, mas, devido a dificuldades logísticas para importação de equipamentos, o prazo foi estendido para 29 de setembro. Segundo a Anatel, Brasília exigiu uma menor quantidade de dispositivos em comparação às demais cidades.

Apesar da chegada da tecnologia na capital, nem todos os usuários vão conseguir acessá-la neste primeiro momento. Para entender o que muda com o 5G, o g1 conversou com o especialista em educação e tecnologia e diretor da Ambra University, na Flórida (EUA), Alfredo Freitas. Veja abaixo:

Onde vai funcionar o 5G em Brasília?

Mesmo em Brasília, o 5G não vai estar disponível em todos os lugares. Segundo a Anatel, o serviço poderá ser acessado em 80% da capital.

Até o último fim de semana, cada uma das três operadoras instalou 100 estações espalhadas pelo DF, com maior concentração na região do Plano Piloto, área central de Brasília onde ficam a Esplanada dos Ministérios e as sedes de Executivo, Legislativo e Judiciário.

Em quais celulares a tecnologia vai funcionar?

O serviço é suportado por aparelhos mais recentes. No Brasil, são 67 celulares com capacidade para navegação na 5G. A lista completa de modelos, com divisão por fabricante, pode ser consultada no site da Anatel.

Segundo Alfredo Freitas, de forma geral, os celulares lançados nos últimos 12 meses suportam a quinta geração da internet. Já aqueles que começaram a ser vendidos há dois ou três anos, geralmente não estão preparados para o 5G.

É possível acrescentar essa tecnologia a aparelhos que não a suportam?

Não. Só os aparelhos que tem o hardware preparado para se conectar com a antena 5G conseguirão acessar.

Vai ser preciso pagar mais à operadora?

Neste momento, a expectativa é que não haja reajuste por conta do serviço.

Nesta quarta-feira, em Brasília, todas as operadoras terão o sinal 5G funcionando?

Sim, mas o serviço ainda vai estar em fase de testes.

Em quanto será aumentada a velocidade da internet, se comparando o 4G com o 5G?

Segundo o especialista Alfredo Freitas, a velocidade da internet pode aumentar até 10 vezes com a nova tecnologia.

“Vamos imaginar que temos uma via com duas faixas, agora, vamos instalar 20 faixas. Ou seja, vai se multiplicar por 10. Essa é a expectativa”, diz.

O que vai mudar com a implantação da internet 5G?

Segundo o especialista, a quinta geração da internet vai aumentar a capacidade de transmissão de dados e diminuir a latência, que é o tempo que a informação leva para sair do computador e chegar no destino. “Teremos um maior acesso aos aplicativos, transmissão de áudios e vídeos mais rápido”, diz.

Freitas afirma ainda que a chegada do 5G vai permitir investimento financeiro acima de R$ 30 bilhões em infraestrutura de tecnologia, que deve gerar oportunidades de emprego e novas carreiras.

Quais os principais desafios dessa nova tecnologia?

O especialista cita, como principais desafios, chegar a um amplo alcance e o custo da rede 5G.

“É preciso um número maior de antenas do que se precisa para a 4G, por exemplo. Será uma cobertura mas ampla, por isso, é necessário que as operadoras instalem novas antenas”, explica.

Segundo Freitas, as antenas do 4G precisam de uma distância entre uma e outra. Nesse mesmo intervalo, seriam necessárias várias antenas do 5G, que precisam estar mais próximas. “O desafio é conseguir ter plenitude de funcionamento”, diz.

Além da internet, quais outros benefícios o 5G pode trazer para o dia a dia?

Alfredo Freitas afirma que a tecnologia pode trazer na educação, telemedicina, e tornar a cidade mais “inteligente”, com comunicação entre carros, por exemplo.

“Uma pessoa vai poder colocar o sinal 5G no próprio carro, o que vai ajudar a evitar acidentes. Vai poder colocar no tênis para monitorar os exercícios físicos, é o que chamamos de internet das coisas. Vai se ampliar para outros equipamentos”, explica.

O 4G vai acabar?

Não. Alfredo explica que, como há centenas de milhares de celulares que funcionam com essa tecnologia, e por isso, ela não pode ser cessada. “Muita gente não vai querer migrar, não é obrigatório. Quando aparecem novas tecnologias, as antigas não acabam”, diz.

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