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“Rodovia da Morte”: Usuários da BR-163 devem redobrar a atenção neste final de ano

Por Redação

Em 13 de dezembro de 2024

Foto: Maikon Leal

A BR-163, popularmente conhecida como “rodovia da morte”, mais uma vez acende o alerta entre os motoristas que trafegam pelo trecho norte de Mato Grosso do Sul. Com um histórico de acidentes que só cresce, a rodovia se tornou um desafio diário para quem precisa utilizá-la. Neste período do ano, com o aumento do fluxo de veículos e as condições precárias de segurança, o cuidado deve ser redobrado.

Fatores que agravam a situação
Entre os principais problemas enfrentados pelos usuários estão a falta de duplicação em diversos trechos, a presença de radares em locais controversos e a cobrança de pedágios que não se traduz em melhorias significativas. A situação agrava-se nos pontos onde há maior fluxo de entrada e saída de veículos nos municípios da região, como Sonora, Pedro Gomes, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Bandeirantes e Jaraguari.

Nesta sexta-feira (13), motoristas relataram longos congestionamentos entre Bandeirantes e São Gabriel do Oeste, ficando parados por várias horas em um trecho marcado por perigos constantes após uma carreta carregada com madeira tombar e espalhar a carga pela rodovia. O motorista sofreu ferimentos leves e precisou ser hospitalizado. Já na quinta-feira (12), mais uma vida foi ceifada em Coxim, reforçando a urgência de medidas concretas para melhorar a segurança da rodovia.

Tragédias recentes
Os números são alarmantes. Em Camapuã, dois acidentes fatais no último final de semana deixaram famílias em luto. Em Bandeirantes, um estudante do ensino fundamental perdeu a vida ao tentar atravessar a rodovia na semana passada. Esses casos exemplificam a falta de infraestrutura adequada, como passarelas ou viadutos, que poderiam salvar vidas.

A desconexão entre os governantes e a realidade
Enquanto isso, os governantes locais parecem cada vez mais distantes da realidade enfrentada pela população. Reuniões políticas são realizadas através de aviões ou helicópteros, que sobrevoam os problemas visíveis da rodovia sem enfrentá-los. A ausência de projetos para viadutos ou outras intervenções estruturais reforça a sensação de abandono entre os cidadãos.

Na imagem abaixo, é evidente que praticamente toda a extensão da BR-163 no estado do Mato Grosso dispõe de viadutos e uma infraestrutura que proporciona maior segurança aos condutores, resultando em uma significativa redução no número de acidentes. Além disso, grande parte da rodovia já foi duplicada, contribuindo ainda mais para a fluidez e segurança do tráfego.

KM 54 da BR-163, no estado de Mato Grosso (Foto: Rota do Oeste)

Redobrar a atenção é fundamental
Diante de uma situação que combina negligência e infraestrutura precária, a recomendação para quem precisa transitar pela BR-163 é redobrar a atenção, principalmente nos trechos com maior movimentação de veículos. Pontos críticos, como os acessos a municípios e áreas sem duplicação, requerem cautela máxima.

Embora o problema seja estrutural e dependa de ações governamentais para uma solução definitiva, a responsabilidade de zelar pela própria segurança recai, por ora, sobre os motoristas. Mais do que nunca, a conscientização e o respeito às regras de trânsito podem ser determinantes para evitar novas tragédias na “rodovia da morte”.

A pressão da sociedade por melhorias na BR-163 é indispensável para que os gestores públicos saiam de sua zona de conforto e finalmente entreguem soluções que atendam às necessidades de quem utiliza a rodovia diariamente.

Fonte: Maikon Leal

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Crédito: Coxim Agora.