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Dólar salta e Bolsa opera em queda antes de decisão de juros nos EUA e feriado

O dólar registrava alta firme nesta terça-feira (30), com sentimento de cautela global imperando antes do feriado do Dia do Trabalho no Brasil, na quarta (1°), quando também ocorrerá uma nova decisão sobre juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).

A aversão ao risco também afeta a Bolsa brasileira, que operava em queda puxada principalmente pelas ações da Vale e da Petrobras.
Às 13h05, o dólar subia 1,23%, cotado a R$ 5,178, enquanto o Ibovespa recuava 1,07%, aos 125.981 pontos.

“Nesse início de dia, o dólar tem valorização global, com investidores adotando posturas mais defensivas antes da decisão de juros dos EUA e do feriado, que vai parar também mercados nas regiões da Europa e Ásia”, disse Diego Costa, chefe de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio.

“O futuro dos juros permanece incerto, e a volatilidade nos mercados deve persistir pelo menos até que o [presidente do Fed, Jerome] Powell se pronuncie.”

Os mercados monetários esperam que o banco central dos EUA mantenha as taxas de juros no patamar atual de 5,25% a 5,50% ao fim de sua reunião de dois dias, na quarta-feira. Operadores precificam apenas cerca de 0,35 ponto percentual de cortes nos juros pelo Fed este ano, abaixo da projeção do início do ano, de 1,5 ponto, de acordo com dados do LSEG.

A redução nas expectativas de afrouxamento monetário nos EUA veio após uma série de dados econômicos e de inflação resilientes, que levaram a forte reversão no apetite por risco global em abril, embora o clima tenha melhorado um pouco no final do mês.

O dólar estava a caminho de saltar 2,90% frente ao real no acumulado do mês, equivalente a um aumento de quase 15 centavos. Caso esse ganho se consolide até o final desta terça-feira, a moeda norte-americana terá marcado o ganho mensal mais forte desde agosto do ano passado (4,72%).

Embora operadores tenham associado boa parte da depreciação cambial doméstica às incertezas internacionais, especialmente vindas do Fed, também foi apontada uma piora na percepção de risco fiscal do Brasil, depois que o governo afrouxou a meta de resultado primário de 2025.

Costa, da B&T, chamou atenção para o fato de que este pregão tem a formação da Ptax do fim de abril, o que tende a tornar as negociações da manhã mais instáveis.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.

Fonte: Correio do Estado

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Redação

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