Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul avançam com o plantio da soja para o ciclo 2021/2022. Aproveitando o momento de retorno das chuvas, 49% da área destinada à oleaginosa já foi semeada. A área plantada até o momento é de 1,850 milhão de hectares.
Dados do Sistema de Informação do Agronegócio (Siga-MS) apontam que a implantação de lavouras está mais avançada do que nos dois últimos ciclos. A porcentagem de área semeada na safra 2021/2022 está 20,40% acima do ciclo anterior – no mesmo período do ano passado, 28,6% do total havia sido implantado.
O Estado aguarda mais uma supersafra, com a projeção de retirar dos campos 12,77 milhões de toneladas, menor apenas que a safra recorde colhida em 2020/2021. Apesar da expectativa de produção menor, os agentes do setor produtivo apontam para o aumento da área plantada neste ano.
No ano passado, MS atingiu recorde com 13,3 milhões de toneladas colhidas, porém, a expectativa inicial era de 11,2 milhões de toneladas. Para este ciclo, a projeção é de que sejam colhidas, em média, 56 sacas por hectare, ante 62 sc/ha no ano anterior.
De acordo com o boletim Casa Rural, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), a área de soja no Estado está em constante crescimento, a expansão ocorre em áreas que eram destinadas ao cultivo de pastagem e cana-de-açúcar.
Ainda de acordo com o relatório, o plantio está em ritmo acelerado. “Se as condições permanecerem favoráveis para a semeadura, a expectativa é de que a operação se encerre até o dia 26 de novembro. O período das chuvas reiniciou em todo Mato Grosso do Sul, indicando boas condições para o desenvolvimento da safra”, aponta o boletim.
RECORDE
Conforme adiantado pelo Correio do Estado, os representantes do setor acreditam que MS tem potencial para mais uma supersafra. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS (Aprosoja-MS), André Dobashi, demonstrou otimismo.
“A gente espera realmente que essa próxima safra de soja seja recorde e contamos com o produtor para fazer uma semeadura com responsabilidade, com bastante atenção, também contamos com a meteorologia para que a chuva nos permita produzir cada vez mais”, disse.
O preço médio da saca de 60 kg em outubro é de R$ 159,48. Ao comparar com outubro de 2020, houve queda de 0,83%, quando a oleaginosa havia sido cotada, em média, a R$ 160,81.