Após nove semanas de paralisação, os professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) aprovaram assembleia na noite desta terça-feira (18), a saída coletiva da greve. O documento será encaminhado para o comando nacional da greve e os docentes devem voltar às aulas no dia 1° de julho.
A presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), professora Mariuza Guimarões, explica que a decisão é resultado das conquistas alcançadas pela categoria. “Nossa condicionante é a assinatura do acordo com o governo com as nossas vitórias e a aprovação de um calendário único de reposição de aulas na UFMS”, detalhou.
Entre as reivindicações atendidas pelo Governo Federal na última rodada de negociações, no dia 16 de junho, estão a elevação do reajuste linear oferecido até 2026 de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026 e a implementação do reajuste de benefícios, como auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche, sendo os auxílios sem equiparação com os benefícios dos demais poderes.
Os professores também conseguiram a elevação de steps de 4,0% para 5,0% até 2026 (com exceção de Adjunto/DI e DIII-I, que passa de 5% para 6% até 2026) e a elevação do valor salarial para ingressantes na carreira docente.
A categoria ainda conquistou a revogação da Portaria nº 983/2020, que portaria do Ministério da Educação que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, o início da Mesa Setorial Permanente de Negociação do MEC e retomada da participação de entidades sindicais no Conselho Permanente de RSC.
A greve começou oficialmente no dia 1º de maio e contou com o apoio de até 68% dos 1.496 professores efetivos da UFMS. A última greve nas universidades aconteceu em 2015, quando a paralisação começou em 15 de junho e seguiu até 14 de outubro, com 4 meses sem aulas. A anterior, em 2012, durou 90 dias.
Fonte: CGN