Após três semanas desde a morte da cantora Marília Mendonça no último dia 5 de novembro, a Polícia Civil do estado de Minas Gerais confirmou, nesta quinta-feira (25), que a causa da morte da cantora ocorrida em acidente aéreo em Caratinga foi politraumatismo.
Os detalhes do laudo do Instituto Médico Legal (IML) e do andamento das investigações da Polícia Civil foram apresentados em coletiva de imprensa na tarde desta quinta. Além da artista, também morreram o piloto, copiloto, produtor e o tio da sertaneja.
Linhas de investigação
Conforme apurado pelo G1, um piloto que pousou 20 minutos depois do acidente aéreo disse que não ouviu no rádio qualquer problema vindo da aeronave em que Marília Mendonça estava. A afirmação foi feita em depoimento à Polícia Civil, que investiga as causas do acidente, e também foi detalhada na coletiva de imprensa.
Esse piloto vinha de Viçosa e pousou no aeroporto de Caratinga. Ele se comunicou com a aeronave onde Marília estava e nenhuma anormalidade foi relatada.
Segundo o delegado Ivan Lopes Sales, a testemunha disse que o avião da cantora estava em procedimento de pouso.
A polícia trabalha com duas linhas de investigação para explicar a queda do avião:
– A hipótese de que as linhas de transmissão de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) teriam provocado o acidente
– A possibilidade de pane nos motores, o que depende de investigação do Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) abriu investigação sobre a instalação de torres de transmissão da Cemig em Caratinga, disse o delegado Ivan Lopes Sales.
O acidente
O avião que levava a cantora sertaneja Marília Mendonça caiu na tarde de sexta-feira (5) em Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. O Corpo de Bombeiros recebeu a chamada, por volta de 15h30, para atender ocorrência de queda de aeronave em Piedade de Caratinga em curso d’água próximo de acesso pela BR-474.