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Saiba como evitar intoxicações alimentares nas festas de fim de ano

Por Redação

Em 27 de dezembro de 2025

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Foto: Freepik

Para grande parte dos brasileiros, as festas e confraternizações de fim de ano representam momentos de encontro e partilha. Embora sejam ocasiões de celebração, o volume maior de preparo, o consumo prolongado, a exposição dos pratos à temperatura ambiente e a manipulação por várias pessoas aumentam o risco de doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHAs), como cólera, botulismo e salmonelose, que podem ser causadas por uma série de bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas.

Um dos principais agentes causadores das intoxicações alimentares é a Salmonella ssp., bactéria comum em aves, ovos e carnes malcozidas, que pode causar sintomas como febre, diarreia intensa, náuseas e dor abdominal. Já a Escherichia coli patogênica é uma bactéria que pode estar presente em carnes moídas, produtos malcozidos e verduras cruas mal-higienizadas, causando diarreia, cólicas severas e fezes com muco. Há ainda a Bacillus cereus, bactéria comum em arroz, massas e molhos cremosos. Os sintomas da intoxicação por esse agente podem incluir vômitos ou diarreia, dependendo da toxina.

Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada dez pessoas adoeça após consumir alimentos contaminados, e que essas enfermidades causem cerca de 420 mil mortes por ano no mundo. Portanto, fica o alerta: sintomas que surgem em poucas horas, como náuseas, vômitos, diarreia ou febre, merecem atenção e podem indicar intoxicação alimentar.

No contexto dos festejos do fim de ano, os cuidados devem acontecer em todas as etapas dos preparos: antes, durante e após a refeição. A seguir, confira pontos de atenção que você, seus familiares e amigos devem ter para garantir uma ceia saudável e segura.

Antes de cozinhar: cuidado nas compras

É essencial verificar temperatura de armazenamento, validade e integridade das embalagens ao adquirir produtos em feiras, supermercados ou açougues. Produtos congelados também exigem atenção: evite itens com gelo solto, embalagens estufadas ou sinais de descongelamento, pois esses detalhes podem indicar quebra da cadeia de frio.

Outro ponto fundamental é verificar a presença de selos como os do Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou equivalentes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). “Prefira estabelecimentos confiáveis e evite pontos de venda improvisados ou sem refrigeração adequada”, orienta a nutricionista Aline Sayuri Itikawa, do Einstein Hospital Israelita.

Dica: carnes, aves e laticínios devem estar sempre refrigerados a 4°C ou menos ou congelados a -12°C ou menos — nunca em temperatura ambiente.

No preparo: de olho na higiene e na temperatura

Antes e durante o preparo dos pratos, é importante lavar bem as mãos, cortar e limpar as unhas, prender o cabelo e higienizar os utensílios que serão usados.

A temperatura também é decisiva: preparações quentes devem ser mantidas acima de 60°C, e as frias, abaixo de 5°C. As carnes precisam ser descongeladas dentro da geladeira, e nunca fora dela, como na pia ou na bancada.

No caso de frutas, verduras e legumes, o procedimento correto envolve três etapas: lave-os em água corrente; depois faça a higienização em solução sanitizante, como hipoclorito de sódio, na diluição e no tempo indicados; por fim, enxágue novamente com água potável. “Apenas esse processo garante a redução segura da carga microbiana”, afirma Itikawa.

Dica: sempre separe alimentos crus dos cozidos para impedir a contaminação cruzada.

Durante a ceia: atenção ao tempo de exposição

Ao montar a mesa, garanta que os alimentos não permaneçam expostos por longos períodos. Quanto mais tempo fora da temperatura segura (acima de 60°C ou abaixo de 5°C), maior o risco de multiplicação de bactérias.

Depois da ceia: armazene com segurança

As sobras das ceias de Natal e Ano Novo também exigem atenção. As preparações devem ser refrigeradas em até duas horas após o preparo, preferencialmente em porções menores, para acelerar o resfriamento. Também é importante utilizar recipientes limpos e manter os alimentos protegidos dentro da geladeira.

Alguns pratos típicos merecem atenção especial, como salpicão, maionese, cremes, ovos e aves recheadas. Por terem alto teor de água e proteínas, são ambientes favoráveis para bactérias como Staphylococcus aureus e Salmonella. A orientação é nunca consumir alimentos com odor, cor ou textura alterados.

Dica: carnes, arroz, massas e legumes podem ser consumidos em até três dias. Já pratos com maionese, frango, ovos ou cremes devem ser ingeridos em no máximo 24 horas. “Etiquetar recipientes com data de preparo e validade ajuda a controlar o consumo seguro”, sugere a nutricionista.

IstoÉ

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