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‘Intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária e um precedente perigoso para o mundo’, diz Lula na Cúpula do Mercosul

Por Redação

Em 20 de dezembro de 2025

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Donald Trump e Nicolás Maduro • Reuters/Getty Images

O presidente Lula afirmou neste sábado (20), durante discurso na Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, que a América do Sul voltou a ser “assombrada” pela presença militar de uma potência que não pertente à região, referindo-se aos Estados Unidos, que sinalizam com intervenção militar na Venezuela.

Ele avaliou, ainda, que uma intervenção armada dos EUA Venezuela seria uma “catástrofe humanitária” para o hemisfério sul, e que isso poderia abrir um “precedente perigoso para o mundo”

“Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional. Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo”, disse Lula em seu discurso.

Estados Unidos e Venezuela vivem um aumento de tensões há meses. Desde agosto, o país liderado por Trump movimenta um forte aparato militar no Caribe. No início, a Casa Branca justificou a operação como parte do combate ao tráfico internacional de drogas.

Trump também acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de usar petróleo para financiar o que chamou de “regime ilegítimo”, além de “terrorismo ligado a drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”. Maduro acusa o norte-americano de tentar derrubar seu regime.

De acordo com Lula, as ameaças à soberania da América do Sul se apresentam com guerras, forças antidemocráticas e por conta da atuação do crime organizado.

Nesta semana, o presidente afirmou que deve conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes do Natal para tentar negociar que não ocorra uma eventual guerra na América Latina.

“Não queremos guerra no nosso continente. Todo dia tem uma ameaça no jornal e nós estamos preocupados. Agora, vai chegar o Natal e talvez eu tenha que conversar com Trump outra vez pra saber o que é possível o Brasil contribuir para um acordo diplomático e não para a guerra”, afirmou Lula.

Na ocasião, o petista reiterou que pretende focar no diálogo.

“Eu tive a oportunidade de conversar com Maduro por quase 40 minutos, e depois com Trump. Falei para o Trump da preocupação do Brasil com a situação da Venezuela, que isso aqui é uma zona de paz, não é zona de guerra. Que as coisas não se resolvem dando tiro”, afirmou, naquele momento.

Em reunião ministerial, também nesta semana, Lula citou recentes conversas que teve com Trump. Afirmou que disse ao norte-americano que conversar “é mais barato do que fazer guerra”.

“Eu falei pro Trump: ‘Oh, Trump, fica mais barato conversar e menos sofrível conversar do que [fazer] guerra. Se a gente acreditar no poder do argumento, da palavra, a gente evita muita confusão na vida dos países'”, relatou Lula.

g1

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