COP

Projeto leva educação ambiental para crianças e professores no Pantanal

Por Redação

Em 1 de agosto de 2025

0 Compart.
Rios da Bacia do Alto Paraguai levaram equipes até população (Foto: SOS Pantanal).

Pelo menos 120 professores e 285 crianças participaram das ações de educação ambiental no Pantanal, durante o primeiro semestre de 2025. As atividades fazem parte do Projeto “Águas que Falam”, que no mesmo período fez o monitoramento da qualidade da água nos rios da BAP (Bacia do Alto Paraguai) e constatou poluição dos rios contaminados por fertilizantes e despejo de esgoto.

Resultado da parceria entre SOS Pantanal, Chalana Esperança e a Fundação SOS Mata Atlântica, a iniciativa tem como objetivo fortalecer o vínculo das comunidades com os recursos hídricos e os biomas locais.

Poluição contamina rios do Pantanal e já reflete na saúde da população

A necessidade das atividades é reforçada pelos resultados do monitoramento da qualidade da água feito pelo projeto que detectou alterações na turbidez, na concentração de oxigênio dissolvido, nitrato e fosfato. Essa deterioração pode ser resultado de fatores ambientais, sazonais ou, possivelmente, de contaminação por resíduos agrícolas ou esgoto, o que torna a água imprópria para consumo.

Capacitação de educadores

A formação de professores, como multiplicadores, foi um dos pilares do trabalho, com temas como ecologia e conservação do Pantanal. Em Corumbá, a equipe da Chalana Esperança treinou 22 professores do Instituto Acaia, focando na Escola Jatobazinho, que atende a comunidade ribeirinha. A equipe buscou a criação de sequências didáticas, usando materiais como a coleção ‘Vozes do Pantanal” para abordar a conservação do bioma, os conflitos socioambientais e a valorização da fauna local.

Em Campo Grande, um workshop na Escola de Formação de Professores Mariluce Bittar contou com a participação de 31 professores da rede pública. O programa discutiu a dinâmica das águas no Pantanal, o conceito de Saúde Única (One Health) e a conservação do bioma por meio da proteção dos recursos hídricos. O evento também lançou o livro “Marina, a menina que escutava os rios”, um material didático literário distribuído gratuitamente em escolas públicas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para sensibilizar alunos sobre a importância da conservação da água e da sociobiodiversidade.

Engajamento infantil

As ações com crianças beneficiaram diretamente 285 participantes na Bacia do Alto Paraguai. Na Aldeia Mãe Terra, em Miranda, 50 crianças participaram da leitura e pintura do livro “Marina, a menina que escutava os rios”, buscando fortalecer o vínculo com o território, os rios e a identidade indígena. Em Alcinópolis, 150 crianças foram envolvidas em atividades que incluíram a leitura dos livros “Marina” e “Vozes do Pantanal”, uso de cartas de animais e exploração de mapas hidrográficos.

A XIII Feira Socioambiental de Bonito também recebeu as atividades do projeto, atingindo cerca de 100 crianças com a leitura do livro “Marina” e integrando a arte-educação à valorização dos rios. Escolas em Chapada dos Guimarães e Porto Jofre, no Pantanal de Mato Grosso, também participaram de ações que integraram saberes tradicionais e científicos para reforçar a conscientização ambiental.

CGN/ML

 

Deixe seu comentário...
PROIBIDA A REPRODUÇÃO sem autorização.
JORNAL COXIM AGORA LTDA. CNPJ: 40.892.138/0001-67
Últimas notícias de Coxim, Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis, Rio Verde de MT (MS), Costa Rica, Camapuã, São Gabriel do Oeste, Figueirão e Pantanal.

Copyright © 2010 – 2025 – Todos os direitos reservados

Rolando para carregar anúncio...