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Menina de 6 anos que teve perna amputada após acidente com ônibus passa por 3ª cirurgia

Por Redação

Em 23 de junho de 2025

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Aeronave Harpia 03 da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Sejusp teve que pousar na BR-262 para o resgate. (Foto: Divulgação/PMMS)

A menina de 6 anos – que teve a perna amputada após um acidente entre um ônibus e um caminhão na BR-262 em Corumbá – passa pela terceira cirurgia na Santa Casa de Campo Grande nesta segunda-feira (23). O acidente, ocorrido no dia 15 deste mês, terminou com a morte da médica Andrezza das Neves Felski e do idoso Marcelino Florentino Filho.

Internada há oito dias, a menina de 6 anos teve uma das pernas amputadas após uma barra de ferro atingir o ônibus de viagem na BR-262. Naquela manhã, a criança – acompanhada da mãe – retornava de um procedimento ortopédico realizado em São Paulo na mesma perna que precisou ser amputada.

Ao Jornal Midiamax, o pai da criança afirmou que a cirurgia está ocorrendo na tarde desta segunda (23). Ele explicou que o coto da amputação estava com necrose e, por isso, a equipe médica decidiu ampliar a área de amputação com o intuito de conter infecção e preservar o máximo possível.

Apesar da complexidade da cirurgia, que conta com equipe de cirurgião plástico, ortopedista especialista em quadril e dois cirurgiões vasculares, o pai da menina está confiante.

“Ela está em cirurgia, a terceira. Está sendo uma cirurgia complexa, com equipe multidisciplinar, mas estamos confiantes”, revelou o pai à reportagem.

E além da criança de 6 anos, uma técnica de laboratório de ciências, também perdeu a perna devido ao acidente naquele domingo (15). Daiane Louveira, de 37 anos, disse ao Jornal Midiamax que estava sentada no banco atrás da menina. Internada em Campo Grande, a vítima disse que precisou amputar a perna direita.

Motorista do ônibus foi indiciado

O motorista, de 54 anos, foi indiciado pelas mortes da médica Andrezza das Neves Felski e do idoso Marcelino Florentino Filho. Ele dirigia o ônibus que colidiu contra um caminhão na BR-262, em Corumbá, a 413 quilômetros de Campo Grande, no dia 15 deste mês.

Após o acidente, a equipe da 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil) de Corumbá foi ao local e iniciou a investigação dos fatos. Os motoristas do caminhão e do ônibus prestaram depoimento na delegacia, e a polícia também analisou imagens de câmeras de segurança.

Durante a análise, ficou comprovado que o motorista do ônibus invadiu a contramão de direção e bateu de frente com o caminhão, que transitava no sentido contrário. Diante disso, ele foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor e lesão corporal culposa, ambos previstos no Código de Trânsito Brasileiro, em concurso formal, considerando que o fato ocorreu no exercício da atividade profissional de transporte de passageiros.

Segundo a Polícia Civil, com as agravantes legais e a causa de aumento prevista pela prática do crime no exercício da profissão, a pena máxima prevista pode chegar a nove anos de detenção, além da suspensão ou proibição do direito de dirigir.

Médica de 27 anos faleceu após o acidente. (Reprodução: PRF e Redes Sociais)

‘Tinha muita pressa’, diz passageira sobre motorista

Uma das passageiras do ônibus relatou os momentos de tensão e desespero vivenciados no momento do acidente. Ao Jornal Midiamax, a bióloga Aléxia Murgi, de 25 anos, que estava na quarta fileira de poltronas, contou que o acidente ocorreu às 6 horas da manhã, horário em que todos os passageiros estavam dormindo.

Para ela e outros passageiros, o motorista estaria com pressa por estar atrasado. “Nós acreditamos que o motorista tinha muita pressa por estar atrasado, já que nesse horário ele deveria estar chegando em Corumbá. Não sei porque atrasou, enquanto nossos colegas chegaram hoje às 2h30 da manhã em Miranda, quando nós viajamos no domingo passamos por Miranda às 3h40 da manhã”, explicou.

Sobre o acidente entre o ônibus e o caminhão, a bióloga falou que ouviu um barulho de batida, mas com impacto leve. Segundos depois, ela ouviu a criança de 6 anos, que estava no banco à sua frente, gritar.

“Uns segundos depois a criança que estava na nossa frente começou a gritar e a minha colega ao meu lado que também foi ferida sentiu que a perna dela tinha sido atingida. Quando eu vi, era o joelho direito dela e aí fomos ver a barra e entender tudo”, relatou a passageira.

Fonte: MMN/ML

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