
“Eu sonhava estar aqui para jogar, né, mas hoje estou aqui por um outro bom motivo também”. Foi na arquibancada do Allianz Parque que o tricampeão mundial pela PBR José Vitor Leme conversou com exclusividade com a Globo Rural durante o Global Agribusiness Festival (GAFFFF), realizado no estádio do Palmeiras nos dias 5 e 6 de junho. E ele fala sobre um antigo sonho de jogar nos gramados de uma grande arena como aquela, pois dos 6 aos 18 anos ele investiu na carreira de jogador de futebol. Foi atleta das categorias de base de diversos times de Mato Grosso do Sul, seu Estado e por anos deu duro mirando a profissionalização quando alcançasse a maioridade.
Mas foi exatamente quando completou 18 anos que Leme decidiu mudar a rota e apostar em outro esporte: a montaria de touros. “Foi uma paixão de família, mesmo. Meu pai montava, então eu cresci escutando histórias e cresci no meio também. Meu pai tinha touros de rodeio também. Então, querendo ou não, eu já fazia parte do meio do rodeio”, conta ele, que se recorda de dos 9 aos 12 anos montar despretensiosamente em bezerros, por diversão.
Já adulto, ao mergulhar para valer no novo esporte, não demorou para as conquistas começarem a chegar. “Eu comecei muito bem, já comecei ganhando. Foi bem rápido”. Após competir por três anos no Brasil, ele já foi para o exterior disputar a PBR nos Estados Unidos, principal competição internacional de montaria de touros.
Hoje, aos 28 anos, José Vitor Leme acumula três títulos mundiais (2021, 2024 e 2025). Além dele, só há mais dois peões a alcançarem o tri: os brasileiros Adriano Moraes e Silvano Alves. Moraes, o primeiro na história a alcançar a marca, atualmente é presidente da PBR Brasil e u também esteve presente no GAFFFF para participar, ao lado de Leme e de J. J. Gottsch – CEO da Austin Gamblers, equipe da qual Leme faz parte – de um painel sobre a competição.
“No meu caso, como primeiro campeão mundial, primeiro bi e primeiro tri, é um orgulho muito grande, porque o José Vitor Leme é meu aluno. Claro que ele não precisava de mim, eu só adiantei um pouco o trabalho”, brincou Moraes. Realizado com o desempenho precoce do pupilo, ele vislumbra um futuro repleto de prêmios e quebras de recordes a ele.
“O sonho de todo pai é ser superado por seu filho. E o sonho de todo mestre é que seu aluno o supere. Eu, como mestre, não vejo a hora de ele ganhar quatro, ganhar cinco, ganhar seis. Esse é o sonho de todo professor”, celebra.
Fonte: GR/ML








