Apesar do frio já ter começado em grande parte do país, a estação das temperaturas mais baixas começa nesta sexta-feira (20), com a chegada do solstício de inverno às 23h42, pelo horário de Brasília. A data marca o início oficial da estação, que se estenderá até 22 de setembro.

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A população do Centro-Sul do Brasil sentirá que “o inverno existe” em 2025, com episódios de frio mais frequentes e intensos, diferente do que aconteceu em 2023 e 2024. A primeira onda de frio do inverno já está prevista para os últimos dias de junho. As temperaturas baixas devem superar as sentidas entre os 8 e 14 deste mês, com possibilidade de novos recordes.

Segundo análise do Climatempo, o padrão climático deste ano terá características mais próximas da climatologia normal da estação. O Pacífico Equatorial próximo à costa peruana encontra-se em neutralidade térmica, com temperaturas próximas da média histórica.

Meteorologistas afirmam que a estação em 2025 será mais severa ao comparar com os dois anos anteriores, quando o Brasil experimentou invernos caracterizados por temperaturas elevadas e ondas de calor. Para o segundo semestre, especialistas identificam uma tendência de resfriamento na região do Pacífico Equatorial, cujos efeitos serão percebidos no Brasil apenas no final do inverno e início da primavera.

Veja análise completa do Inverno em 2025

Segundo o Climatempo, o ar frio avançará pelo interior brasileiro nos últimos dias de junho, provocando quedas acentuadas de temperatura no Sul, Sudeste e em diversas áreas do Centro-Oeste. O fenômeno também causará um novo episódio de friagem intensa em Rondônia, Acre e sul do Amazonas.

As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste serão as mais impactadas pelos eventos de frio. Os períodos com temperaturas baixas serão distribuídos ao longo de toda a estação, não ficando concentrados em apenas um mês específico.

O padrão de resfriamento facilitará a formação de corredores de umidade entre as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste no final do inverno. Em agosto e setembro, diversas áreas do interior do Sudeste e o Centro-Oeste devem registrar eventos de chuva.

Chuvas durante o inverno

A costa leste do Nordeste continuará recebendo chuvas frequentes, sem os eventos extremos observados durante o outono. O sul da Bahia deve registrar precipitações ligeiramente acima do normal com a passagem de frentes frias.

A costa norte do Nordeste e a porção setentrional da região Norte terão chuvas abaixo da média. Este padrão é influenciado pelo deslocamento da Zona de Convergência Intertropical mais ao norte, resultado do Atlântico Tropical Norte mais aquecido que o Atlântico Tropical Sul.

No Rio Grande do Sul, o centro, sul e leste do estado devem registrar precipitações abaixo da média. Algumas áreas no leste de Santa Catarina, leste de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo receberão um volume de chuva ligeiramente superior ao normal.

Temperaturas e fenômenos específicos

Apesar da previsão de mais dias frios comparados aos invernos de 2023 e 2024, as temperaturas no final da estação ainda devem ficar acima da média em praticamente todo o território brasileiro. O Centro-Oeste e o Tocantins experimentarão períodos com temperaturas bastante elevadas, especialmente em agosto e setembro.

A probabilidade de ocorrência de geada ampla no Sul do Brasil é significativamente maior neste inverno. As regiões Sudeste e Centro-Oeste também apresentam condições mais favoráveis para geada em 2025 em comparação aos dois invernos anteriores.

A possibilidade de nevar durante o inverno de 2025 é consideravelmente superior à dos invernos de 2023 e 2024, podendo ocorrer em julho e até mesmo em agosto.

Impacto nas queimadas

Com a expectativa de mais dias úmidos em agosto e setembro nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, os episódios de queimadas tendem a ser menos severos e em menor quantidade comparados aos últimos dois anos.

A região conhecida como MATOPIBA, que abrange partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, representa uma área de preocupação para o alastramento de focos de incêndio neste inverno, devido ao provável atraso no retorno das chuvas durante a primavera.

A noite de hoje será a mais longa do ano, característica típica do solstício de inverno no hemisfério sul, quando o Sol atinge seu ponto mais distante em relação ao hemisfério sul.

Fonte: OTempo/ML