
Durante uma obra de macrodrenagem em um local que será reservado para uma bacia de retenção, a fim de não derrubar uma árvore de oito metros, o município de Três Lagoas fará a realocação.
As obras estão sendo realizadas no bairro SetSul. Em conversa com a reportagem do Correio do Estado, o prefeito do município, Cassiano Maia, explicou que, por se tratar de uma árvore nativa da região, optaram pelo transplante.
Pela altura do pé de pequi (Caryocar brasiliense), a estimativa é que a árvore tenha mais de 20 anos.
O trabalho inédito será realizado na manhã desta segunda-feira (24), com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA).
Segundo o prefeito, a árvore símbolo do Cerrado será levada e plantada em uma praça no mesmo bairro. Cassiano ainda apontou a ação “como dica” pela importância de ter um olhar para o meio ambiente e a cultura do município.
Com isso, será a primeira vez que a SEMEA realiza o procedimento, que requer planejamento e cuidado, já que a árvore é submetida a extremo estresse durante o manejo.
Seguindo os protocolos que envolvem o transplante, a equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (SEINTRA) escavou o solo ao redor da árvore, tomando cuidado para preservar um grande torrão de terra com suas raízes.
Após terminarem toda a operação necessária para a proteção da raiz, com a ajuda de maquinário, o pé de pequi será removido, transportado para seu “novo lar” na praça do bairro.
Com a conclusão do replantio, o acompanhamento será feito, o que é fundamental para observar a adaptação e se a árvore está recebendo a irrigação necessária.
Pequi
O pequi é uma árvore nativa do Cerrado, resistente e adaptada ao clima da região. Seu fruto é muito valorizado na culinária e na cultura local, além de ser essencial para a fauna, servindo de alimento para diversas espécies.
Mesmo sendo uma planta robusta, o pequi não costuma responder bem a transplantes devido à sua raiz profunda. Por isso, o procedimento é uma tentativa inovadora com o objetivo de preservar a árvore.
Outros remanejamentos
Em Campo Grande, uma construtora realizou o transplante de 30 aroeiras em área urbana.
A empresa contou com o auxílio de profissionais da engenharia agrônoma durante o procedimento. A mudança de local de árvores grandes, que evita a poda, garante que os serviços ambientais que uma árvore desse porte traz continuem a ocorrer.
Fonte: Correio do Estado