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Preço reage e produtor de soja vê “luz no fim do tunel”

Depois de ficar com o preço médio abaixo dos R$ 100 no final de janeiro, algo que não ocorria em Mato Grosso do Sul fazia pouco mais de três anos e meio, o preço da soja deu sinais de reação no começo de março, melhorando 7,5% desde o final de fevereiro. Conforme dados a Aprosoja divulgados nesta terça-feira 12), o preço médio da saca no Estado chegou a R$ 106,23.

Mas isso não significa que o produtor esteja satisfeito, ainda mais levando em consideração que no mesmo período do ano passado a saca tinha cotação 31% superior, com a oleaginosa sendo cotada a R$ 151,00. Em Campo Grande, por exemplo, a saca estava cotada a R$ 109,00 nesta terça-feira (12), dependendo da data de pagamento.

De acordo com o corretor Carlos Ronaldo Dávalo, da Granos Corretora, a explicação para esta reação é a melhor do prêmio de exportação, ligeiro aumento na cotação do dólar e pelo fato de grandes fundos de investimentos mundiais terem voltado a apostar na soja.

Além disso, a recusa dos produtores em fecharem negócios por valores muito baixos literalmente paralisou o mercado. E essa paradeira, segundo Carlos Ronaldo, fez com que os prêmios de exportação melhorassem. “Mas depois dessa reação, os produtores já estão vendo que o preço pode chegar à casa dos R$ 115,00”, afirma o corretor.

Esta ligeira reação nos preços aparece em pleno período de colheita, quando tradicionalmente a tendência é de recuo nas cotações. Até agora, conforme a Aprosoja, a colheita já aconteceu  em aproximadamente 2,92 milhões de hectares, o que equivale a cerca e 68% dos 4,2 milhões de hectares estimados.

Outra importante explicação para a repentina melhora é a queda na produtividade tanto em Mato Grosso do Sul quanto em Mato Grosso. Conforme estimativa da Aprosoja, a irregularidade das chuvas e o excesso de calor desde outubro do ano passado devem reduzir em pelo menos 20% a produção.

Mas existem lavouras em que a quebra é bem maior. “No estado foram identificados quatro níveis distintos de lavouras. As primeiras provavelmente perderam entre 40% e 60% devido à estiagem”, diz trecho do boletim semanal da Aprosoja. E além disso, diz o boletim, existem lavouras com perdas menores e aquelas em que ainda não é possível estimar com precisão a produtividade, já que as chuvas continuaram escassas durante janeiro e fevereiro em boa parte do Estado.

Fonte: Correio do Estado

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Redação

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