Papa também pediu aos cristãos "levantarem a voz contra o mal e contra as injustiças cometidas diretamente sobre os mais pobres - Reprodução/JoyceMesquita/C.N
Na tradicional Missa do Galo, na véspera do Natal, nesta terça-feira, 24, o papa Francisco voltar a criticar a violência que atinge crianças inocentes no mundo todo.
A missa marcou o início do “Ano Santo” de 2025 da Igreja Católica, peregrinação internacional para a qual são esperados mais de 30 milhões de fiéis de todo o mundo em Roma, sob o signo do Jubileu.
“Pensemos nas guerras, nas crianças metralhadas, nas bombas sobre escolas e hospitais”, disse o papa em sua homilia, em alusão aos bombardeios de Israel em Gaza, cuja “crueldade” havia denunciado esta semana, provocando protestos da diplomacia israelense.
A missa foi celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, na presença de quase 30 mil pessoas. Jorge Bergoglio fez a celebração sentado em uma cadeira de rodas.
O papa também pediu aos cristãos “levantarem a voz contra o mal e contra as injustiças cometidas diretamente sobre os mais pobres”. A declaração acontece três dias após Francisco fazer críticas contra os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, ato que gerou protestos por parte da diplomacia israelense.
Às 12h desta quarta-feira, 25, dia de Natal, quando Francisco pronunciar a bênção “urbi et orbi” (para a cidade e o mundo), a expectativa é que renove seus apelos a um cessar-fogo no Oriente Médio e no resto do mundo.
O representante máximo da Igreja Católica também inaugurou na data o Jubileu 2025 no Vaticano, com o rito de abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro. Ao longo do ano, os peregrinos poderão atravessar a porta, que fica fechada em períodos normais São esperados mais de 30 milhões de fiéis de todo o mundo em Roma.
Organizado a cada 25 anos pela Igreja Católica, o Jubileu é um período de conversão e penitência para os fiéis, acompanhado por eventos culturais e religiosos.
Após o ataque mortal em um mercado natalino na Alemanha há quatro dias, a segurança em torno do Vaticano foi reforçada. Cerca de 700 agentes adicionais foram enviados a Roma, segundo o Ministério do Interior.
A abertura da Porta Santa será reproduzida por outras três grandes basílicas de Roma e de milhares mais nas igrejas de todo o mundo.
Fonte: Estadão Conteúdo
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