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Agências mundiais se aliam para combater futuras ameaças sanitárias

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em 12 de setembro de 2022 – AFP

As organizações mundiais de saúde humana e animal, alimentação e meio ambiente apresentaram, nesta segunda-feira (17), seu primeiro plano de ação conjunto, com o objetivo de detectar e lidar com a próxima pandemia em potencial.

Abaladas pela crise da covid-19, as quatro agências se uniram para combater as ameaças emergentes à saúde, concentrando-se nos vínculos entre degradação de ecossistemas, falhas no sistema alimentar, doenças infecciosas e resistência a antibióticos.

O chamado plano de ação conjunto “One Health” visa criar uma estrutura “para que possamos prevenir, prever, detectar e responder melhor às ameaças à saúde de forma coletiva”, informaram as agências.

O plano foi lançado por três órgãos da ONU – a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) – além da Organização Mundial da Saúde Animal.

Espera-se que o plano de cinco anos “fortaleça as defesas globais contra epidemias e pandemias como a covid-19”, comentou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Três quartos das doenças infecciosas emergentes vêm de animais, disse a OMS ao anunciar a aliança em maio de 2021.

O plano busca ampliar as capacidades em epidemias e doenças zoonóticas, doenças tropicais negligenciadas e doenças transmitidas por vetores; riscos à saúde alimentar; resistência a antibióticos; e sobre o meio ambiente.

“Todo o mundo tem direito a um ambiente limpo e saudável – a base de toda a vida na Terra”, disse Inger Andersen, diretora do PNUMA.

Ingersen destacou que a atual pandemia demonstra que a degradação da natureza aumenta os riscos sanitários.

Há uma “necessidade urgente de reavaliar e transformar as interações entre humanos, animais, plantas e o ambiente que compartilham”, disse o documento conjunto.

As pandemias futuras serão mais sérias do que a covid-19 em muitos aspectos “a menos que haja uma mudança transformadora em nosso relacionamento com o meio ambiente”.

As quatro agências esperam que o plano aborde os fatores subjacentes à ocorrência de doenças, que melhore a prevenção e a preparação de doenças e mitigue o impacto dos riscos e ameaças à saúde.

O plano de ação será lançado oficialmente na terça-feira na Cúpula Mundial da Saúde em Berlim.

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Redação

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