A figueira representa a constelação de "a Mandíbula" — Foto: New York Public Library
O assiriologista Martin Worthington traduziu a sequência de “símbolos misteriosos” que remontam a 700 a.C. Essas representações foram encontradas em um templo na antiga cidade de Dūr-Šarrukīn, atual Khorsabad, no Iraque, pelo escavador francês Victor Place no final do século 19. Desde então vários pesquisadores tentaram desvendá-los ao longo dos anos.
“O estudo de línguas e culturas antigas está cheio de quebra-cabeças de todos os tipos, mas não é frequentemente no Antigo Oriente Próximo que se depara com símbolos misteriosos em uma parede de templo”, explica o intérprete, da Trinity College Dublin, em comunicado sobre estudo publicado em 26 de abril no periódico Bulletin of the American Schools of Oriental Research.
As figuras são um leão, uma águia, um touro, uma figueira e um arado, que foram interpretados como uma representação do nome “Sargão” em forma de constelações. Esse era o nome de diversos reis da Mesopotâmia Antiga, se tratando nesse caso do Sargão II, rei da Assíria (721-704 a.C.), que governou a região Dūr-Šarrukīn.
Worthington explica que cada um dos cinco símbolos, de 2.700 anos, pode ser entendido como imagens presentes nas estrelas. Dessa forma, o leão representa Leão, a águia representa Aquila e a figueira representa a constelação de “a Mandíbula” – não existente mais hoje – com base na semelhança entre iṣu “árvore” e isu “mandíbula”.
“O efeito dos cinco símbolos foi colocar o nome de Sargão nos céus para toda a eternidade, uma maneira inteligente de tornar o nome do rei imortal. E, claro, a ideia de indivíduos bombásticos escrevendo seu nome em prédios não é única para a antiga Assíria”, diz o linguista, com especialidade em línguas e civilizações da antiga Mesopotâmia, incluindo a dos babilônios, assírios e sumérios.
A maioria das constelações que conhecemos hoje foi herdada da Mesopotâmia pelos gregos, então muitas delas são as mesmas. Atualmente, essa região antiga inclui o Iraque moderno e partes do Irã, Turquia e Síria, é frequentemente referida como o ‘berço da civilização’, onde foram o lar de civilizações como os babilônios, assírios e sumérios.
Nessas cidades e impérios, nasceram civilizações que moldaram significativamente a história humana, de acordo com o especialista. Entre suas realizações está o desenvolvimento da escrita cuneiforme, uma das formas mais antigas de escrita, que surgiu por volta de 3400 a.C.
“Não posso provar minha teoria, mas o fato de ela funcionar tanto para a sequência de cinco símbolos quanto para a de três símbolos, e de que as figuras também podem ser entendidas como constelações culturalmente apropriadas, me parece altamente sugestivo. As chances de tudo isso ser uma coincidência são – perdoe o trocadilho – astronômicas”, disse Worthington.
Fonte: Revista Galileu
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