
Um menino de apenas 4 anos de idade foi picado por uma cobra na tarde de sábado (05), em uma fazenda localizada na região pantaneira, a cerca de 180 km de Coxim. O resgate só foi possível na manhã deste domingo (06), após a mobilização da família e o fretamento de uma aeronave particular.
Segundo informações obtidas com exclusividade pelo Coxim Agora, em parceria com o portal Notícias Agora, o menino foi atacado por uma serpente da espécie conhecida como “boca de sapo”, popularmente chamada também de jararaca pintada.
O acidente aconteceu quando a criança foi até os fundos da casa, onde fica a cantina da fazenda, para pegar uma escova. No local há um fogão a lenha, muito usado na rotina rural. Logo em seguida, o menino voltou correndo e gritando, dizendo ao pai que havia sido picado por uma cobra. Pouco depois, ele começou a apresentar sintomas e se sentir mal, o que causou grande desespero na família.
Sem meios imediatos para o deslocamento, a família entrou em contato com a equipe de reportagem ainda na noite de sábado, relatando o caso. Após horas de tensão, o proprietário da fazenda fretou um avião, que pousou na propriedade às 06h50 deste domingo (06) para realizar o resgate.
A aeronave seguiu imediatamente para o Aeroporto Municipal de Coxim, onde aterrissou por volta das 07h37. Uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) já aguardava no local e fez a transferência da criança para o Hospital Regional Álvaro Fontoura, onde recebeu atendimento médico e, felizmente, passa bem.

(*) A matéria está em atualização conforme surgem novas informações.
Saiba mais sobre a cobra “boca de sapo”
A serpente conhecida como “boca de sapo”, ou jararaca pintada, pertence à família Viperidae e é temida por moradores e trabalhadores rurais do Pantanal. Segundo matéria da jornalista Juliana Monteira, do Globo Rural, publicada em julho de 2022, essa cobra tem um veneno poderoso, que pode causar fortes dores e, em casos graves, levar à morte.
Essa espécie é comum nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Sua camuflagem natural torna difícil localizá-la, o que aumenta o risco de acidentes, especialmente na época de cheia no Pantanal, quando as cobras se concentram nas pontas de terra que permanecem secas.
Atenção redobrada no campo: quem vive ou trabalha em áreas rurais deve estar sempre atento, usar calçados adequados e evitar caminhar em áreas de mata fechada sem a devida precaução.

Fonte: Maikon Leal