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Covid: quem não come carne possui 73% menos chances de ter quadro grave da doença

Um estudo publicado no British Medical Journal avaliou que pessoas vegetarianas possuem 73% a menos de chance de desenvolverem quadros graves de covid-19.

A pesquisa também observou o impacto da dieta pescetariana (com peixes e plantas) e comparou as práticas alimentares com o desenvolvimento do vírus em um grupo de pacientes.

Dietas vegetarianas estão relacionadas a quadros mais leves da covid-19

Foram entrevistados mais de 2 mil médicos que testaram positivo para a covid-19 e responderam perguntas em um longo questionário. Segundo a pesquisa, aqueles que apresentaram uma dieta baseada em plantas com mais carboidratos tiveram um desenvolvimento menor do quadro grave da doença.

Em comparação aos médicos que consumiam carne, os vegetarianos tinham 73% a menos de chance de desenvolver a forma grave da covid. Já os pescetarianos, que se alimentam com peixes e plantas, tinham uma chance 59% menor de evoluir para quadros graves.

O estudo precisa de mais dados para ter caráter definitivo. Isso porque a metodologia de entrevistas e questionários não é necessariamente a mais adequada para a garantia dos resultados objetivos. Além disso, mais de 90% dos entrevistados eram homens, o que indica que o estudo pode não ser necessariamente representativo da maior parte da população.

Entretanto, os pesquisadores acreditam que os dados indicam que o desenvolvimento grave da doença está relacionado a um maior consumo de proteínas em detrimento dos carboidratos. Segundo os pesquisadores, os médicos que adotavam uma dieta mais similar a lowcarb, com alta ingestão proteica e baixo nível de carboidratos, tinha uma chance 400% maior do que o normal.

“Por ser um estudo caso-controle, com um grupo pequeno de pessoas e uma metodologia que utiliza autorrelato, são várias as limitações. Os resultados apresentados devem ser considerados como apenas sugestivos e estudos mais robustos devem ser desenvolvidos para entender a relação da alimentação e infecção da Covid-19 de forma mais direta”, afirma o estudo.

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