Caixa Economica Federal em Cacoal — Foto: Magda Oliveira/G1
O financiamento de imóveis em Mato Groso do Sul cresceu 20% no ano passado em comparação com 2023, de acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF).
Foram assinados 12,1 mil contratos de financiamento habitacional, os quais somaram mais de R$ 2,9 bilhões em 2024 – um aumento de R$ 500 milhões em relação ao ano anterior, quando foram negociados R$ 2,4 bilhões.
O presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Geraldo Paiva, afirma que o resultado ficou “muito longe do que a necessidade local pede”. Segundo ele, tanto a classe baixa atendida pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) quanto a classe alta devem continuar comprando imóveis.
“A tendência é de otimismo para as classes baixa e de alta renda. A baixa em função da atualização dos programas MCMV, estaduais e municipais. Já a classe média deve se alojar em imóveis de locação aguardando a queda da taxa de juros do mercado. E para a alta renda, deve ter efeito a previsão da nova safra que está a caminho”, avalia Paiva.
Segundo o diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Creci-MS), Luiz Gomes Dias, o mercado imobiliário brasileiro continua demonstrando resiliência.
“Dados recentes mostram que, mesmo com desafios econômicos, o setor segue registrando alta nas unidades financiadas via SBPE [Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo], refletindo a confiança e a segurança que transmite à sociedade. Mais uma vez, o mercado imobiliário reafirma a sua força e importância no desenvolvimento econômico do País, mostrando que, independentemente dos desafios, há sempre espaço para crescer”, pontua.
ESTUDO
Esse incremento está nos mesmos patamares da média nacional, que foi de 20,9% na venda de imóveis, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que divulgou a pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 4º Trimestre de 2024, realizada pela entidade em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.
O levantamento apontou que 2024 teve um desempenho considerado robusto, com os lançamentos aumentando 18,6% em relação a 2023.
“No País, foram lançados 383.483 apartamentos no ano [passado] nas 221 cidades analisadas pela Cbic. As vendas somaram 400.547 unidades, no mesmo período e amostragem. O Valor Geral de Lançamentos (VGL) cresceu 20,72%, enquanto o Valor Geral de Vendas (VGV), 22,45%”, indica o estudo.
Para o presidente da Cbic, Renato Correia, “esses resultados refletem o esforço do setor em fomentar o mercado habitacional e atender à crescente demanda por moradias, especialmente àquelas de interesse social”.
“São dados que reforçam o aquecimento da atividade, apesar dos desafios macroeconômicos, como a elevação da taxa Selic, a alta persistente dos custos e a preocupação com a inflação”, cita.
A entidade também enfatizou que “o MCMV teve um papel muito importante na expansão do mercado em 2024”, além de apontar o desempenho por regiões, as variações do preço médio dos imóveis residenciais e as perspectivas para este ano.
Conforme a CEF, em todo o País, no ano passado, a instituição financeira concedeu R$ 312 bilhões em crédito imobiliário com recursos do SBPE e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
O número é 25% maior que o de 2023, quando foram negociados R$ 250 bilhões.
“Foram mais de 804 mil financiamentos, os quais impactaram cerca de 3,2 milhões de brasileiros”, afirmou a Caixa Econômica Federal, por meio de nota à imprensa.
MINHA CASA, MINHA VIDA
Segundo a Cbic, o MCMV teve um papel muito importante na expansão do mercado em 2024. Os lançamentos de unidades enquadradas no programa aumentaram 44,2% em relação a 2023, enquanto as vendas cresceram 43,3% no mesmo período.
No quarto trimestre, o MCMV foi responsável por 47% dos lançamentos e por 44% das vendas totais. O levantamento considerou apenas as unidades de mercado financiadas e não incluiu aquelas subsidiadas na faixa 1 do programa.
Marcos Kahtalian, fundador da Brain Inteligência Estratégica, atribui esse crescimento a diversos fatores econômicos e sociais.
“Fechamos 2024 com a menor taxa de desemprego desde 2012, encerrando o último trimestre com uma taxa de 6,2% e com uma média anual de 6,6%. Com um mercado de trabalho forte e a mediana do trabalhador brasileiro em 40 anos – idade em que muitas pessoas estão consolidando suas famílias –, a demanda por moradia aumentou”, comenta.
“Além disso, o MCMV, com teto de financiamento de até R$ 350 mil, e a oferta de crédito imobiliário acessível contribuíram significativamente para esse resultado positivo”, frisa.
PERSPECTIVAS
Na avaliação da Cbic, apesar do forte desempenho em 2024, o setor imobiliário enfrenta desafios significativos neste ano.
A elevação da taxa de juros ao longo do ano passado encareceu o financiamento imobiliário e pode impactar a demanda de agora, especialmente para imóveis voltados às classes média e alta.
Ainda, a expectativa de inflação acima da meta e os custos crescentes da mão de obra e dos materiais de construção preocupam os empresários do setor.
O presidente da Cbic ressalta que, enquanto a oferta de crédito via SBPE pode ser reduzida, o mercado de habitação popular deve continuar aquecido em função da manutenção dos recursos do FGTS para o MCMV.
“O ano passado se consolidou como um período de crescimento e retomada para o mercado imobiliário brasileiro. A expansão dos lançamentos e das vendas, especialmente no segmento de habitação popular, demonstrou a resiliência do setor mesmo diante de um cenário econômico desafiador”, cita Correia.
“Entretanto, as incertezas macroeconômicas e as dificuldades no acesso ao crédito podem impactar o ritmo de crescimento neste ano, exigindo atenção redobrada dos agentes do setor para manter a sustentabilidade do mercado”, pontua.
Para o diretor do Creci-MS, as expectativas seguem otimistas para este ano em Mato Grosso do Sul, apesar das mudanças no segmento e os juros altos.
“A concretização desse cenário positivo, no entanto, dependerá de esforços conjuntos entre investidores, governo e instituições financeiras. Políticas de incentivo ao crédito e condições favoráveis de financiamento serão essenciais para manter o ritmo de crescimento e ampliar ainda mais as oportunidades para compradores e investidores”, finaliza Dias.
Fonte: Correio do Estado
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