Os ataques atingiram diversos pontos da Faixa de Gaza, resultando na morte de mais de 400 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. O órgão também relatou que mais de 660 feridos chegaram a hospitais da região, que enfrentam grave escassez de recursos devido ao bloqueio imposto por Israel.
Em resposta às críticas internacionais, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, declarou que “Hamas recusou todas as propostas para estender o cessar-fogo e libertar os reféns, deixando Israel sem outra opção a não ser retomar as operações militares”.
Com a intensificação dos ataques, milhares de palestinos foram forçados a abandonar suas casas após Israel emitir novas ordens de evacuação em Gaza. Imagens mostram famílias deslocadas, muitas carregando pertences em carros ou carroças improvisadas.
Enquanto isso, familiares dos reféns israelenses sequestrados pelo Hamas realizaram manifestações em Jerusalém, criticando o governo de Benjamin Netanyahu por colocar os cativos em risco ao retomar a ofensiva militar.
“Nosso maior medo se tornou realidade. O governo israelense escolheu abandonar os reféns”, afirmou o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, grupo que representa parentes dos sequestrados.
Líderes internacionais reagiram à retomada dos combates. A China e a Rússia expressaram preocupação com a escalada das tensões, pedindo que ambas as partes “evitem ações que possam agravar ainda mais a crise”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou os ataques como “chocantes” e apelou para um novo cessar-fogo imediato.
O Egito e o Catar, que vinham mediando as negociações de trégua, declararam que continuarão tentando encontrar uma solução diplomática, mas alertaram que as chances de um novo acordo estão diminuindo rapidamente.
Segundo a Cruz Vermelha, hospitais em Gaza estão operando além da capacidade, com 25 dos 38 centros médicos fora de serviço. Além disso, o fechamento da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, impede a evacuação de feridos graves. “Precisamos urgentemente de mais hospitais de campanha, leitos e salas de cirurgia para lidar com o número crescente de feridos”, declarou Munir al-Barsh, diretor do Ministério da Saúde de Gaza.
Fonte: InfoMoney
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