A super lente tem 3,2 gigapixels – o equivalente a 1.500 televisores de alta definição ou 2.666 iphones. — Foto: Farrin Abbott/SLAC National Accelerator Laboratory
Você consegue imaginar como seria uma câmera digital com 3,2 gigapixels? Sim – GIGApixels, uma capacidade de resolução de 3,2 mil megapixels ou 3,2 bilhões de pixels. Pois esse equipamento existe e está na Califórnia, Costa Oeste dos Estados Unidos. De forma mais específica, nos laboratórios do Centro de Aceleração Linear da Universidade de Stanford.
O dispositivo fará parte do Large Synoptic Survey Telescope (LSST) – em tradução direta: Telescópio Grande para Pesquisa Sinóptica, cujo objetivo será registrar e catalogar, em um período de 10 anos, pelo menos 20 bilhões de galáxias espalhadas pelo universo.
Dessa forma, os cientistas esperam compreender melhor o surgimento dessas galáxias e a substância chamada “matéria escura”, responsável pela composição de 95% do universo e cuja natureza ainda permanece desconhecida.
“É a primeira vez que um telescópio vai pesquisar um número de galáxias maior que a quantidade de habitantes da Terra”, comparou o gerente do projeto, Vincent Riot.
A lente nasceu de uma parceria da Universidade de Stanford com o Brookhaven National Laboratory e o Centre National de la Recherche Scientifique – este último, da França.
Com 1,65 metro de altura, 1,57 metro de diâmetro e pesando cerca de três toneladas, a câmera é tão potente que consegue captar com clareza o deslocamento de poeira sobre a superfície da lua.
Em comparação, os cientistas envolvidos no projeto afirmam que a qualidade das imagens e quantidade de pixels geradas pela câmera é equivalente a 1.500 telas de televisores ou 266 iPhones 13.
O dispositivo começou a ser construído há sete anos em Tucson, no Arizona, e a expectativa é que seja totalmente finalizado em maio de 2023.
A lente, que vai equipar a câmera mais potente do mundo, é parte integral do projeto Large Synoptic Survey Telescope (LSST) – em tradução direta: Telescópio Grande para Pesquisa Sinóptica.
O aparelho, com pouco mais de oito metros de altura, está em construção no local onde funcionará o Observatório Vera Rubin, no topo do Cerro Pachón, uma montanha da região andina de Coquimbo, 2.715 metros acima do nível do mar, no Chile.
A expectativa é que o observatório entre em funcionamento total em outubro de 2024.
Todos os números da lente são superlativos: o dispositivo terá 189 sensores – cada um deles, com 16 milímetros – que captarão o equivalente a 15 Terabytes por noite.
Termo que ficou mais conhecido por designar a capacidade de armazenamento de HSs externos, cada Terabyte corresponde a 1.024 gigabytes.
O aquecimento previsto para essa atividade é tão elevado que o dispositivo contará com um mecanismo de resfriamento, capaz de reduzir a temperatura em até – 100 Cº.
A colocação dos sensores foi uma das partes mais críticas da construção – não apenas pelo alto custo de cada um deles, mas pelo risco que uma colocação malfeita poderia causar à qualidade final do projeto.
“Foi como se estacionássemos Lamborghinis a milímetros uns dos outros”, comparou Riot.
Apesar de ser capaz de registrar galáxias que estão a muitos anos-luz da Terra, a primeira imagem captada pela super lente foi bem mais humilde: um romanesco – espécie de primo menos conhecido do brócolis.
A escolha não foi aleatória.
“A equipe da câmera escolheu cuidadosamente os objetos para a primeira sequência de imagens. Uma delas é a cabeça de um romanesco, um vegetal muito próximo do brócolis e selecionado por sua estrutura muito detalhada”, diz um texto publicado no site do observatório.
Segundo os cientistas, a estrutura do vegetal se apresenta na forma de um fractal – forma geométrica muito complexa, portanto um bom teste para a câmera.
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