(Ricardo Gomes/FCMS)
No entardecer, quando o sol estiver se pondo, as cores do arco-íris vão ganhar o prédio histórico da Avenida Fernando Corrêa da Costa. A iluminação distribuída nos andares do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho é a marca de um dia de luta pelo respeito à diversidade.
Em 17 de Maio é comemorado o Dia de Combate à LGBTfobia e, dentro da programação do Maio da Diversidade, a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+ quer estampar a visibilidade e representatividade no céu de Campo Grande.
“A bandeira do arco-íris é um símbolo mundial que comunica sobre a pluralidade e diversidade das cores e que o importante é conviver em harmonia. O sentimento que a gente quer provocar é que as pessoas que passam pela avenida ou de qualquer ponto da cidade percebam que existe, neste Estado, a preocupação e o respeito à diversidade e o sentimento de humanidade, de que todas as pessoas são importantes”, explica o subsecretário de Políticas Públicas LGBTQIA+, Vagner Campos.
Para o coordenador do Centro Estadual de Cidadania LGBT+, Jonatan Espíndola, a iluminação também é uma forma de demarcar a data e sinalizar a inclusão das políticas públicas no Governo do Estado.
“A iluminação de um prédio público, principalmente este prédio que está ligado à Cidadania e à Cultura, é uma forma de trazer visibilidade e também representatividade nas políticas públicas. O arco-íris não é só símbolo de alegria, é também de luta, de resistência. A gente quer que as pessoas se sintam curiosas a conhecer do movimento e como combater à LGBTfobia”, destaca.
Com objetivo de sensibilizar a população para a causa LGBTQIA+ e fortalecer as políticas públicas voltadas para o segmento, a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), por meio da Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas LGBTQIA+, inicia o mês de maio com a campanha “Maio da Diversidade LGBTQIA+ 2023”.
A iniciativa celebra os 12 anos Lei nº 4.031, de 26 de maio de 2011, que instituiu o dia 17 de Maio, como o Dia Estadual de Combate à Homofobia em Mato Grosso do Sul, e os 33 anos, que a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio”, eliminando assim a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças.
Acesse aqui o calendário de ações do Maio da Diversidade.
De arquitetura moderna, o prédio de oito andares na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no coração do Centro da cidade, remete à lembrança do nascimento do Estado de Mato Grosso do Sul. Construído na década de 70, o projeto dos arquitetos Luís Paulo Conde e Flávio Marinho Rego levantou o Edifício das Repartições Públicas (Erpe).
Ali ficavam concentrados os serviços para que a população de Campo Grande não precisasse se deslocar até Cuiabá, então capital de Mato Grosso.
Com a divisão do Estado, o prédio passou a ser a sede oficial do Governo de Mato Grosso do Sul e posteriormente foi endereço do Fórum de Campo Grande.
Inaugurado como Memorial da Cidadania e Cultura Apolônio Carvalho em 2006, hoje o prédio é ocupado pela Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania e Fundação de Cultura.
Fonte: Idest
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