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UFMA abre sindicância para investigar dança de historiadora durante palestra: ‘Ato isolado’

Foto: Reprodução/Redes sociais

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informou na segunda-feira, 21, a abertura de uma sindicância para apurar a performance erótica realizada pela historiadora e cantora Tertuliana Lustosa durante uma mesa-redonda sobre gênero e sexualidade na instituição.

Segundo a UFMA, a AGU/Procuradoria Federal, órgão responsável pela assessoria e consultoria jurídica da instituição, foi acionado “para que adote os procedimentos judiciais cabíveis para resguardar os interesses institucionais, dados os prejuízos sociais e de imagem causados à universidade”.

Além disso, a instituição anunciou que foram atualizados os procedimentos para realização de eventos na instituição e foram suspendidos os eventos do programa e grupo de pesquisa envolvidos até que a sindicância seja finalizada.

A universidade ainda comunicou que não foram utilizados recursos da instituição para a realização do evento, “haja vista o financiamento ter sido realizado pelo Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP)/CAPES”.

“A UFMA, ao longo de mais de cinco décadas, tem se destacado no cenário nacional e internacional. Atualmente, responde pela maior produção científica do Maranhão; é a décima terceira universidade do país no depósito de patentes e lidera o ranking do estado em vários indicadores da Educação, incluindo graduação e pós-graduação; bem como está presente em rankings internacionais com classificação de destaque”, disse a instituição, em nota.

“A universidade entende que um ato isolado não pode apagar toda esta contribuição da UFMA para o desenvolvimento científico e tecnológico do país e reitera que repudia, veementemente, quaisquer ações que possam desrespeitar os valores e princípios basilares da instituição”, completou.

Entenda o caso

Tertuliana Lustosa causou polêmica com uma performance erótica durante um evento na UFMA, realizado em 17 de outubro. O vídeo foi publicado por ela em suas redes sociais.

Durante o debate no encontro Dissidências de gênero e sexualidades, do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (GAEP), ela subiu em uma cadeira e começou a dançar, chegando a mostrar os glúteos para a plateia enquanto cantava.

Além de historiadora pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Tertuliana é cantora da banda A travestis. A performance rendeu várias críticas.

Na ocasião, em comunicado, a UFMA se colocou como um “espaço plural e de diálogo” e reforçou que “não compactua com quaisquer tipos de ações que possam desrespeitar os valores e princípios basilares da instituição”.

Por meio das redes sociais, Tertuliana destacou sua luta contra o preconceito e explicou que vê sua maneira de ensinar como algo diferente do tradicional.

Fonte: Terra

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Redação

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