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Descaso histórico com a BR-163 expõe falhas e põe vidas em risco em Mato Grosso do Sul

Foto: Rede sociais

A BR-163, uma das rodovias mais importantes de Mato Grosso do Sul, segue como símbolo de abandono e gestão problemática, evidenciando um descaso histórico por parte dos governos e das concessionárias responsáveis. A estrada, que corta o Estado de norte a sul e é essencial para o escoamento da produção agropecuária e o transporte de mercadorias, enfrenta sérios problemas de infraestrutura, altos índices de acidentes fatais e uma cobrança de pedágios que, segundo os usuários, não condiz com os serviços oferecidos.

Falta de duplicação e estrutura precária

Apesar das promessas de duplicação feitas há mais de uma década, apenas uma pequena parte da rodovia foi efetivamente duplicada. O restante segue com vias estreitas, falta de acostamentos adequados, ausência de vias marginais e pontos perigosos que contribuem para os acidentes frequentes. A cada dia, motoristas e passageiros arriscam suas vidas em um trajeto marcado por condições precárias e desrespeito ao cronograma de obras estabelecido.

A duplicação da BR-163, que deveria ter sido concluída anos atrás, ainda está longe de ser uma realidade. O atraso é uma falha que não só compromete a segurança de quem utiliza a rodovia, mas também agrava os custos logísticos para o setor produtivo, gerando impacto econômico direto para o Estado.

Aumento nos pedágios sem retorno à população

Um dos pontos mais criticados pelos usuários é a cobrança dos pedágios. Enquanto os valores aumentam regularmente, as melhorias prometidas na concessão não são entregues. Os motoristas pagam caro para trafegar por uma rodovia com infraestrutura insuficiente e perigosa. Para muitos, a cobrança é vista como abusiva, especialmente diante da falta de retorno em termos de segurança e qualidade.

Vidas perdidas e uma tragédia constante

Os acidentes frequentes na BR-163 revelam o preço humano desse descaso. Apenas nos últimos anos, centenas de vidas foram perdidas em colisões que poderiam ter sido evitadas com uma rodovia mais segura e bem estruturada. O número de mortos e feridos é alarmante, e muitas famílias seguem enlutadas pela falta de ações concretas das autoridades responsáveis.

Modelo de concessão sob questionamento

A concessão da BR-163 à CCR MSVia, firmada há mais de dez anos, deveria ter sido um marco para o desenvolvimento da rodovia. No entanto, a concessionária não entregou as obras prometidas, e o modelo de concessão tem sido amplamente questionado. Mesmo após uma recente tentativa de renegociação com o Tribunal de Contas da União (TCU), a confiança na capacidade de gestão da rodovia continua baixa.

A falta de fiscalização efetiva, a ineficiência no cumprimento dos contratos e a demora para solucionar os problemas criam um cenário de incertezas. Com a consulta pública aberta recentemente para tentar reestruturar o contrato, a população permanece cética quanto à capacidade do governo e da concessionária de apresentar uma solução viável.

População abandonada à própria sorte

A realidade atual da BR-163 deixa claro que os governos, tanto estadual quanto federal, falharam em priorizar essa rodovia estratégica. A população segue desassistida, enfrentando riscos diários em uma rodovia mal gerida, enquanto paga caro pelos pedágios e convive com promessas vazias.

A urgência por soluções

O futuro da BR-163 exige mais do que renegociações e promessas. É necessária uma fiscalização rigorosa, prazos claros e ações concretas para que a rodovia finalmente atenda às necessidades de segurança e eficiência. A vida dos usuários da BR-163 não pode continuar sendo negligenciada, e a pressão popular é fundamental para cobrar responsabilidade dos gestores e garantir que os investimentos sejam direcionados de forma transparente e efetiva.

Enquanto isso, a BR-163 permanece como uma estrada de desafios e tragédias, refletindo o descaso que há décadas faz vítimas em Mato Grosso do Sul.

Fonte: Maikon Leal

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Redação

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